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Vila Socó

 A criação do espetáculo Vila Socó, tem como ponto chave os 40 anos do incêndio da Vila Socó (atualmente Vila São José - Cubatão), bairro construído sobre palafitas, mangue e oleodutos. A favela foi ocupada no início da década de 1960 e abrigava principalmente migrantes nordestinos e suas famílias, vindos para Cubatão durante o desenvolvimento da industrialização do Brasil, em busca de trabalho e melhores condições de vida. 

       O incêndio ocorreu durante o carnaval, na madrugada de 24 para 25 de fevereiro de 1984, causado pelo vazamento estimado de 2 milhões de litros de gasolina dos oleodutos da Refinaria Presidente Bernardes. De acordo com números oficiais, a tragédia resultou em 93 mortes, centenas de feridos e mais de 3 mil desabrigados, mas segundo relatório da Comissão Nacional da Verdade e  acredita-se no silenciamento da morte de mais de 500 adultos, crianças e incontáveis animais, resultantes de um processo de apagamento histórico, fruto da “Operação Abafa”, executado pelo governo da ditadura civil militar brasileira da época em conjunto com a Prefeitura Municipal, Governo do Estado e uma estratégia corporativa de esquecimento planejado pela Petrobrás, como sugere o relatório da CNV e documentos acadêmicos.

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apresentação

2024

histórico

Estreado em julho de 2019, Vila Parisi começou a ser discutida em meados de 2017 e ganhou forma depois de ter o Projeto Zanzalá - Parte1: Vila Parisi, projeto de trilogia teatral, contemplado pelo edital ProAc Edital 01/2018 de Produção de Espetáculo Inédito e Temporada de Teatro. O espetáculo fez sua primeira temporada entre 13 de julho e 11 de agosto de 2019 na praça do Cruzeiro Quinhentista, um marco jesuíta e turístico do município que fica diante da portaria principal da Petrobrás - Refinaria Presidente Bernardes, no Jardim das Indústrias de Cubatão, realizou 10 apresentações gratuitas e recebeu mais de 1.500 pessoas ao longo da temporada. Em janeiro de 2020 realizou duas novas apresentações no mesmo local, recebendo mais de 400 pessoas. Em setembro de 2022 compôs a programação do Mirada – Festival Ibero Americano de Artes Cênicas do Sesc e em março de 2023, foi premiado no 33º Prêmio Shell de Teatro pela relevância e valorização da sua pesquisa. Ainda em 2023, com apoio do Sesc e Prefeitura Municipal de Cubatão, realizou nova temporada com 8 apresentações, alcançando mais de 1.000 pessoas. Durante a pandemia, o coletivo fez parte do projeto "Performando: entrelaces de arte/ educação" na grade da programação online do Sesc Santos, em que desenvolveu 4 vídeo-performances para a série intitulada Video-Retratos: Vila Parisi, chegando a ter mais de 10 mil visualizações entre as plataformas facebook, instagram e youtube. O projeto ainda contou com a participação em um bate-papo online sobre o processo criativo das obras. Os vídeo-retratos foram posteriormente selecionados e exibidos no Corporea - Festival Internacional de Perfomance Zacatecas/México - Universidad Autónoma de Zacatecas, no 62º FESTA - Festival de Teatro de Santos, no 18º Curta Santos - Festival de cinema de Santos e no 17º FESTAC - Festival de Teatro de Cubatão.

sinopse

Vila Socó, um lugar edificado em palafitas, sobre o mangue e os oleodutos, é a última obra da trilogia industrial desenvolvida pelo Coletivo 302 e conta a história dos 40 anos do incêndio do bairro operário de Cubatão-SP. Um espetáculo itinerante que percorre as ruas e memórias da vila. Um menino bicho de mangue, vindo do Nordeste do país, nos convida a acompanhar sua trajetória pelos rastros da lama, da cal e do tempo e como um quebra cabeça, tenta montar suas memórias em busca de reencontrar a família que veio ganhar a vida no litoral de São Paulo nos anos 80 e se depara com a principal tragédia industrial do Brasil, um crime concretado e abafado por trás do esquecimento durante o período da ditadura civil-militar.


Classificação: 12 anos

Duração: 180 min

assista ao processo de pesquisa 

ficha técnica

Direção e encenação: Douglas Lima | Dramaturgia colaborativa: Lucas Moura e Coletivo 302 | Dramaturgismo: Sander Newton | Direção musical: Marcozi dos Santos | Pesquisa e atuação: Alisse Flora, Allana Santos, Douglas Lima, Lípari, Sander Newton e Sandy Andrade | Elenco convidado: Jùpïrã Transeunte, Lourimar Vieira, Lucas Pereira, Luiz Guilherme, Nicca Oliveira e Rafael Almeida | Músicos: Jojo, Maynard Carvalho, Marcozi dos Santos e Will | Técnicas de palco: Batman, Eduardo Canuto, Fábio José Andrade, Giovana Oliveira, Guaíra Maia, Klebson Oliveira, Maysa Juvino e Wallace | Preparação vocal e canto: Douglas Lima | Orientação de canto coral: Nailse Machado | Preparação corporal: Tay O'hanna | Preparação musical: Luiz Guilherme e Marcozi dos Santos | Composição: Marcozi dos Santos, Sander Newton, Tay O’hanna e Pricila Magella | Técnico de som: Diego Kaos | Técnica de luz: Nanyh Montingeli | Figurino: Kadu Veríssimo | Assistente de figurino: Sandy Andrade e Maysa Juvino | Costureira: Amélia Maria |  Maquiagem: Magenta | Cenografia: Alisse Flora e Douglas Lima | Desenho de luz: Juliana Sousa e Lípari | Cenotécnico: Josué Salvino Construção de palco itinerante: Buru, Josué Salvino e Mauro Fecco | Ciclo de Estudos: Cia As Marias, Coletivo Estopô Balaio, Grupo Forfé e O Coletivo | Direção de produção: Alisse Flora | Produção: Allana Santos e Maysa Juvino | Assistente de produção: Julia Victor e Lipari | Produção executiva: Sander Newton e Sandy Andrade | Comunicação: Allana Santos | Assessoria de imprensa: Allan Nóbrega | Designer: Caíque Unger  | Fotos: Sander Newton | Idealização: Coletivo 302 | Apoio: Galpão Cultural Cubatã

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